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A sensualidade, a criatividade e o charme dos biquínis e maiôs brasileiros continuam em alta lá fora. A moda praia brasileira está entre os produtos que mais transmitem nossa identidade cultural e despertam interesse no mercado internacional.Essa é uma tendência crescente, de acordo com empresários de moda praia de Natal (RN), participantes, há algumas edições, da Semana Internacional de Moda de Madri (SIMM), e que estarão novamente nesse evento, no período de 17 de 19 de julho.
O consórcio Cactus Brasil, integrado pelas marcas Nippe, Artesol, Ruddow e Potala, vai pela quarta vez à SIMM. O Espaço Bem Brasil,composto pelas confecções P’rosa e Costa Bonita, comparecerá pelo terceiro ano consecutivo.As seis empresas potiguares contam com apoio da Abit (Associação Brasileira da Indústria Textil e Confecção) e Sebrae no Rio Grande do Norte, que patrocinam estandes e colocam intérpretes à disposição dos empresários.Todas participaram de capacitações em gestão, planejamento e estratégia de acesso a mercado e receberam consultorias de modelagem, adequação de produto para exportação, costura e design, ministrados pelo Sebrae/RN.

Como nos anos anteriores, o grupo Cactus Brasil desenvolveu coleção para levar à SIMM. Este ano vão apresentar peças em estampados imitando pele de animais, como zebras, tigres, onças, e pixados em ocre, verde musgo e marrons. Acessórios e detalhes feitos de chifre compõem o look proposto pelo grupo às espanholas.“No ano passado, conseguimos vender até biquinis no estilo fio dental. Foi muito interessante”, conta Diego.

Aos poucos, a moda praia brasileira está mostrando à mulher européia, que a peça menor é mais bonita, segundo o empresário.A Costa Bonita está levando biquínis em cores neutras ou neutralizadas, como é o caso do vermelho transformado em vermelho-tijolo, menos chamativo. Os detalhes resultaram de pesquisa e dão um toque especial à coleção da marca.Corações e balas em cristal murano nos acabamentos dos biquínis prometem fazer sucesso na SIMM. Argolas e fivelas em metal niquelado, nas cores branca, dourada, prateada e outros tons, também garantem charme e estilo às peças da Costa Bonita.Diego diz que apenas 30% das peças da Costa Bonita são pintadas a mão, este ano, porque esse tipo de trabalho deixou de ser diferencial. “Produtos chineses e tailandeses pintados a mão lotaram a SIMM no ano passado”, justifica.O empresário revela que há empresas espanholas copiando o estilo nacional, identificando os produtos como ‘brazilian fashion’, mas não enganam o público. “Por mais que tentem imitar a moda praia brasileira, não conseguem”, conclui.