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terça-feira, 1 de abril de 2008

Trilogia de Intimidade




















A relação que agrega moda, cinema e música são de profunda intimidade, dá para imaginar Moulin Rouge com Nicole Kidman, sem o figurino luxuoso ganhador de Oscar e sua trilha criada por Craig Armstrong e Marius do Vrie, com músicas interpretadas por David Bowie, Bono e Christina Aguilera. Ou Maria Antonieta de Sofia Coppola sem a riqueza de detalhes dos trajes de época e sua trilha que recebeu o prêmio máximo da academia. Sem esquecer “Os Embalos de Sábado a Noite” com música dos Bee Gees, Love Story, Casablanca, Gilda, Bonequinha de Luxo e Flashdance. Um pulo no cinema nacional com Zuzu Angel que mostrou a moda brasileira para o mundo através da luta pela busca do corpo de filho Stuart, morto pela ditadura nos anos 70.

Mas vamos nos focar na trilogia O Poderoso Chefão. A saga da família Corleone contada pelo diretor Francis Ford Coppola e o roteirista Mario Puzo. Com Marlon Brando, Al Pacino, Robert Duvall, James Caan, Diane Keaton e Talia Shire. Coppola foi aclamado pelo público e pela critica, mas como foi um diretor de aluguel, pois os filmes forem encomendados pela Paramount sentia-se rejeitado pelos trabalhos nas duas primeiras partes.

O Poderoso Chefão (1972) The Godfather - baseado em um romance homônimo de Mario Puzo. O roteiro da versão cinematográfica foi elaborado a partir da adaptação do livro pelo próprio Puzo, acompanhado de Coppola.
Ganhou três Oscars: Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator (Marlon Brando). Recebeu ainda outras oito indicações entre elas: Melhor Som, Melhor Trilha Sonora, e Melhor Figurino. Levou o Grammy de melhor trilha sonora para o cinema.
Al Pacino foi recusado pela Paramount em todos os testes, mas Copola já o via como Michael Corleone. Sorte a do público que o tem como o herdeiro atormentado que leva os negócios da família adiante e termina em conflito em abrir mão do poder ou dar continuidade a uma guerra de famílias.
A primeira parte da saga se passa entre as décadas de 40 e 50 e como não poderia deixar de se ver os personagens estão vestidos com influência do estilo militar em tailleurs, paletós, capas e saias. E o new look Dior uma silhueta feminina com saia ampla, casaquinho com basque, cintura estrangulada.

O Poderoso Chefão (Parte 2 – 1974)
Ganhou seis Oscars entre eles: Melhor Trilha Sonora. Recebeu ainda outras cinco indicações, incluindo: Melhor Figurino. Já nessa fase encontramos a década de 50 como fonte de inspiração para o figurino. A cintura era bem marcada e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e jóias. Essa silhueta extremamente feminina e jovial atravessou toda a década de 50 e se manteve como base para a maioria das criações desse período. Apesar de tudo indicar que a moda seguiria o caminho da simplicidade e praticidade, acompanhando todas as mudanças provocadas pela guerra, nunca uma tendência foi tão rapidamente aceita pelas mulheres como o "New Look" Dior, o que indica que a mulher ansiava pela volta da feminilidade, do luxo e da sofisticação. A maquiagem estava na moda e valorizava o olhar, o que levou a uma infinidade de lançamentos de produtos para os olhos, um verdadeiro arsenal composto por sombras, rímel, lápis para os olhos e sobrancelhas, além do indispensável delineador. A maquiagem realçava a intensidade dos lábios e a palidez da pele, que devia ser perfeita. Para homens a moda era conservadora, elegante e social. Um homem bem-vestido tinha camisas sociais de estilos básicos: de colarinho, com abotoamento duplo, arredondado e aba. O colete eduardiano era para dar distinção ao estilo inglês. O preto era a cor “certa”. Não para marron, não para azul-marinho, preto imperou por mais de 100 anos de história da moda. O preto cai bem em todas as ocasiões formais, combinado com o branco estabelece elegância que até hoje nenhuma cor conseguiu rivalizar.

O Poderoso Chefão (Parte 3 – 1990)O terceiro e último filme sobre a saga da família Corleone mostra Michael tentando transformar em legais os negócios da família. Nesse último filme são retratados o envelhecimento de Don Michel Corleone (Al Pacino), a busca pela legitimação dos interesses da família - com a ajuda do sobrinho Vicente Mancini, interpretado por Andy Garcia -, e a tentativa de consolidar uma aliança com o Vaticano. O Poderoso Chefão 3 recebeu seis indicações para o Oscar de Melhor Diretor, Ator Coadjuvante (Andy Garcia), Canção ("Promisse me you´ll remember"), Montagem, Direção de Arte e Fotografia.
Apesar de o filme ser ambientado em 1979, o figurino é todo anos noventa e a alfaiataria é o ponto alto. Um resgate das décadas passadas marca a moda dessa época como a cena final do filme na opera onde se vê o glamour das roupas de gala, com tecidos brilhosos, drapeados, cabelos elaborados, jóias opulentas porém em peças únicas.

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